domingo, 28 de março de 2010

Descaminhos da Juventude

Diante de fatos cada vez mais costumeiros do nosso cotidiano, me vejo obrigado a esclarecer certas coisas sobre a nossa atual juventude. Antes de tudo, é bom alertar, as nossas crianças mudaram. Muito. É exatamente essa metamorfose que tenho me proposto retratar por aqui e é chegada a hora. Pois bem, vamos lá.

Onde estão as crianças que antes brincavam com seus bonecos e se divertiam sem outras preocupações? Talvez isso não seja novidade pra você, leitor, mas isso é coisa rara hoje em dia. Em pleno início de puberdade, encontramos jovens cada vez mais “maduros” quanto a certos assuntos. Vejamos.

Os relacionamentos entre homem e mulher já criam suas raízes prematuramente. E a frequência deles, idem. Essa é a chamada “pegação” na qual os galinhas (pegadores, se preferir) já dão as caras com seus 14 anos. Falando desse modo, as garotas parecem sair ilesas desse processo. Mas não é bem assim. Aliás, isso nos leva a outro tópico: como ficam as mulheres diante de tanto assanhamento e assédio? Sejamos francos, as mulheres brasileiras têm se tornado bastante fiéis à moda da “poligamia consentida”. Não digo todas, longe disso, vejam bem. Esperem eu terminar a linha de raciocínio para depois tacarem as pedras. Pois então. A facilidade encontrada para sair com aquele outrora tão sonhado beijo romântico é imensa. E não apenas um na mesma noite! Dito isso, vejamos o que as levou a tanto.

Sendo curto e grosso, a culpa é toda dos homens. Sim. Única e exclusivamente nossa. Se a infidelidade não imperasse no sexo masculino, as mulheres não seriam obrigadas a se submeter a esse regime de “ficanças” aqui e acolá. É bem verdade que as mulheres tem liberdade para decidirem o que quiserem, mas se têm a opção de tomar esse caminho, foi porque os homens abriram essa brecha. A voz ativa das mulheres nunca foi tão grande quanto agora, por isso digo que elas correrram atrás do método masculino, visto que antes se subordinavam a eles, se limitando a tarefas caseiras, enquanto os mesmos trabalhavam. Para não sofrer à procura de um bom partido, o mais cômodo e justo foi seguir o mesmo rumo. Um simples “se não pode vencê-los, junte-se a eles”. Dá para entender, embora seja difícil de admitir. Difícil para quem, como eu, ainda vê nas mulheres alguma perspectiva concreta. Para quem continua na base do rodízio, sem se importar com os sentimentos e nem saber o nome da última “vítima”, um abraço e vida que segue. A culpa é de vocês, não minha. Consciência tranquila de quem não compactua com insensibilidade e infidelidade. Partindo para mais polêmicas, analisemos outro aspecto.

O sexo não é mais um tabu, a virgindade se perde como um guarda-chuva novo. Isso pode ter sido impactante, especialmente a quem vivia em épocas em que um ombro descoberto era sinônimo de pouca vergonha. É a verdade e nós temos que encarar. Nossos adolescentes abordam o sexo nos seus assuntos mais corriqueiros do dia-dia. E muitos pais nunca suspeitam. Aliás, tem muita coisa que não sabem. As drogas e bebidas também chegam na mão dos jovens cada vez mais cedo, tornando-os dependentes desse mal, pois o vício se inicia com grande influência social, causando mais danos corporais e mentais.

Podemos perceber, portanto, que a irresponsabilidade reina na atual juventude. Não vejo saída imediata para curar esse precoce “crescimento”. Parece que a adolescência não mais existe e o caminho entre a infância e a maturidade foi encurtado. Triste. Os avanços tecnológicos, que poderiam tornar nossos jovens mais intelectuais e conscientes, parecem em vão. O caminho para a maturidade já está traçado e os atalhos já são conhecidos e bem disseminados. Do caminho da esbórnia apresentei as armadilhas. Cabe a você, jovem, decidir: irresponsabilidade ou consciência? A sorte está lançada.