quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pétalas

Em constantes desencontros guiados pelo coração, recorro ao sentimento como instrumento de reflexão. Há quanto tempo é nela que penso, por vezes me vejo no espelho de seus olhos, reflexo do desejo, da ambição, da cobiça movendo o instinto masculino, tornando-o simples escravo, vassalo de sua dama, em entreouvidos do platonismo romântico.

Como desvendar os mistérios das garotas, tão frágeis e belas quanto a pétala da rosa, mas ao mesmo tempo, fortes, na personalidade e na habilidade de conseguir sempre o que querem. No momento que precisam, sabem recorrer aos apelos que nós homens, mal acostumados, não sabemos recusar, nem tampouco duvidar da corrupção afagável a qual nos submetemos, por inconsciência ou de braços abertos, a reconhecer a própria subordinação de nosso gênero, tantas vezes, injustamente, é bem verdade, posto à frente do feminino.

A mulher, acima de tudo, com sua graça e esplendor toma por si só nossas dores e temores, vedando as tristezas e carências, trazendo todo o bem que delas se espera em forma de carinhos e só os reprova quem muito aluado for ou a quem a devassa momentânea não atrai, por medo de que se torne intrínseca ou por qualquer outro distúrbio.

Certeza é que o amor a que me refiro me traz tranquilidade para continuar a sonhar e a viver os dias cada vez mais forte e, principalmente, convicto do valor que se deve dar às mulheres.